Sobre mim

 

O objetivo desse blog é ser um álbum virtual das minhas viagens desde 1997.  Em cada uma delas, tento passar um pouco do que vivi. Espero que goste e volte sempre para ver as novidades.
Para conhecer meu trabalho como fotógrafo profissional, visite meu novo site www.adilsonmoralez.com.br

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Situado a cerca de 300 km de Palmas no Tocantins, o Jalapão é considerado um deserto, porém, isso só é verdade no tocante a densidade demográfica, que é de cerca de 1 hab/km2. O que não falta por lá são rios caudalosos de águas transparentes e cachoeiras lindíssimas.

A vegetação predominante é o cerrado baixo com árvores de pequeno porte e veredas com a presença marcante dos buritis e solo alagadiço. O clima é bem definido sendo chuvoso no inverno (outubro a abril) e seco no verão (maio a setembro).

Jalapão – Confira O álbum De Fotos (mostrando 30 De 64 Imagens)

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A temperatura média anual é de 30ºC, passando dos 35ºC durante o dia e caindo para 18ºC ou menos durante a noite. A fauna é bem variada e composta principalmente por veado campeiro, tamanduá bandeira, lobo guará, anta e suçuarana. As principais aves são tucano, ema, seriema e quero-quero.

O principal acesso ao Jalapão é através de Ponte Alta, onde se diz adeus ao asfalto começa a aventura. As estradas são de terra e no verão há muita, mas muita areia. Só é possível trafegar com veículos 4×4 e mesmo assim nos acessos aos principais pontos de interesse é necessário muita perícia para não ficar atolado.

Nosso roteiro

Através do convite da Korubo – Safári Camp fomos conhecer este local de paisagem única no Brasil. O vôo chega em Palmas e a primeira hospedagem é num hotel pousada na propria cidade. O meio de transporte em terra é um caminhão Mercedes 4×4 especialmente adaptado para transportar até 18 pessoas confortavelmente sentadas em poltronas individuais. Uma vez nas estradas de terra, é possível sentar-se em 4 escotilhas no teto e sentir no rosto o sabor da aventura enxergando sem obstáculos, há dezenas de quilômetros, as belas chapadas do Jalapão. Quem imagina que acampar é sinônimo de desconforto e privações, esqueça.

O Korubo Safári Camp é estrategicamente localizado às margens do rio Novo, um dos últimos de água potável no mundo, e numa ampla área repleta de cajueiros e mangabeiras. As tendas são amplas e comportam duas camas individuais com prateleira para os pertences pessoais. Há banheiros separados para homens e mulheres e acredite: chuveiros com banho quente ao cair da tarde. O banheiro é semelhante ao de aviões e muito higiênico.

A iluminação das áreas externas é através de tochas e nas barracas e banheiros há LEDs. Se já está começando a gostar, ainda falta a melhor parte: a comida. Você imaginaria encontrar carne de sol na moranga ou ainda mousse de maracujá num safári camp? A comida é simplesmente maravilhosa e muito bem servida. Outro luxo é a caipirinha servida com muito gelo antes do jantar. A equipe formada por guia, cozinheiro, motorista e auxiliares é muito atenciosa, competente e sempre disposta a atender bem.

1º dia – Palmas – Safári Camp

Nossa viagem começa no sábado em Palmas, onde o caminhão chega pontualmente às 8:30h no hotel para levar nosso grupo de 17 pessoas para o acampamento. A primeira parte da viagem é de asfalto até Ponte Alta e no caminho começam as apresentações e as amizades já vão se formando. Após o almoço a aventura realmente começa com a entrada na estrada de terra. A poeira vai ficando para trás e as belas paisagens já podem ser vistas. Quando o acesso às escotilhas é liberado, forma-se uma fila para subir. A primeira parada é no cânion de Suçuapara com suas águas refrescantes que brotam nas rochas.

Mais algumas horas de sacolejo e chegamos ao Safári Camp no cair da tarde. Hora de explorar as instalações, desfazer as malas e entrar no clima de acampamento. Todos ficam extasiados ao olhar para o céu, pois a maioria nunca havia visto tantas estrelas. Após o saboroso jantar o grupo preferiu dormir cedo.

2º dia – Canoagem e Dunas

O café foi servido às 8h e logo em seguida começam as instruções para a canoagem. Mesmo os mais medrosos se arriscam, pois a descida é bem tranqüila e há várias paradas nos bancos de areia para apreciar a paisagem e curtir um banho de rio. No caminho avistamos um casal de araras canindé preparando o ninho no topo de um buriti. A volta ao camping é no caminhão e na chegada o almoço já está servido. Para fugir do sol forte da tarde, uma siesta nas redes é a melhor opção.

Lá pelas 15h, com o sol mais fresco partimos rumo às famosas dunas. Levamos cerca de 50 minutos até lá e o trecho final é feito numa caminhada curta. O visual das dunas é fantástico, de cor alaranjada e extremamente fina é um convite para saltar e rolar morro abaixo. A atração é esperar o pôr do sol que intensifica ainda mais sua cor. De volta ao camping e após a lasanha foi a vez de sentar-se a volta da fogueira e ouvir as histórias do guia Mauro.

3º dia – Fervedouro e cachoeira do rio formiga

Como a viagem seria um pouco mais longa o café saiu mais cedo. Neste dia ficamos sem mamão, pois um lobo guará havia assaltado a cozinha de noite e comido todos. A saída foi às 8h com destino ao fervedouro particular da Korubo e logo na seqüência ao poço do fervedouro. Trata-se de uma nascente que devido ao volume d’água que brota do chão é impossível afundar. A água é totalmente transparente e a areia muita clara e fina. Apesar de ser mês de férias o local estava tranqüilo e pudemos aproveitar bem. Para evitar maiores impactos é permitido apenas 6 pessoas por vez.

O próximo destino é a cachoeira do rio formiga, onde suas águas transparentes proporcionam uma exelente massagem. Enquanto nos banhávamos, o cozinheiro Adélio, preparava nosso almoço.
Após o almoço o programa foi passar em Mateiros para a compra do famoso artesanato de capim dourado. Na volta para o camping, o grupo já bastante entrosado, cantarolava canções do repertório MPB.

4º dia – Serra do Espírito Santo

Mais uma vez o ritual se repete e após o saboroso café da manhã partimos no caminhão e em 1 hora estávamos no sopé da serra do Espírito Santo. A caminhada inicial é de cerca de 800m e muito íngreme. Porém, uma vez lá em cima a caminhada é plana e com uma vista maravilhosa. Há uma pedra propícia para fotos com vista panorâmica. A caminhada até o outro lado da serra é de 3km e de lá é possível se avistar as erosões de onde a areia é retirada pelo vento e chuva para formar as dunas.

Retornamos ao camping para o almoço onde foi servido um saboroso file ao molho de vinho. Na seqüência quase todos foram curtir uma siesta nas redes e eu aproveitei a luz maravilhosa para fotografar as margens do rio Novo com suas incríveis sempre-vivas e veredas com Buritis.

À noite tivemos um evento especial, pois além da tradicional fogueira, havia um grupo musical de Ponte Alta para animar a festa com o tradicional forró. No início todos estavam bem acanhados, mas aos poucos os casais foram se formando e a poeira foi levantando.

5º dia – Cachoeira da Velha, Prainha e retorno

Hoje o dia já amanheceu com cara de retorno, mas ainda tínhamos muita atividade. Com as malas arrumadas tomamos o último café e nos despedimos do camping. Após algumas horas de viagem chegamos à majestosa cachoeira da Velha. Devido ao grande volume d’água não é possível banhar-se nela, mas o banho seria poucos minutos depois na prainha, uma área muito calma do rio Novo com areia branquinha e sombra.

Lá fizemos nosso picnic com direito a torta de frango, suco gelado e bolo de chocolate. No caminho de volta para Ponte Alta tínhamos os músicos nos acompanhando e o forró rolava solto. Em Ponte Alta fizemos uma parada para descanso numa sorveteria e na chegada em Palmas todos se despediram na certeza de terem tido uma excelente semana de férias num lugar paradisíaco.

Dicas

  • O dia no Jalapão é bem quente e as noites bem frescas. Use roupas leves, chapéu e protetor solar de dia, mas tenha agasalhos para a noite;
  • Não esqueça uma lanterna e pilhas;
  • Não economize no cartão de memória de sua camera fotográfica;
  • Embora não haja energia elétrica no camp é possível carregar baterias de câmeras fotográficas no caminhão;
  • Na maior parte dos passeios podem-se calçar chinelos ou papete. Apenas a caminhada da serra requer tênis ou bota. Também é interessante ter calça comprida leve devido a vegetação;
  • Em todos os passeios é servido água geladinha no caminhão;
  • Os serviços e o roteiro da Korubo Safári Camp são excelentes e estou certo que adorará conhecer o Jalapão com eles;

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Serviços

Korubo Safári Camp
korubo@korubo.com.br
63-3213-2662
63-8437-3837
Palmas – TO

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