Sobre mim

 

O objetivo desse blog é ser um álbum virtual das minhas viagens desde 1997.  Em cada uma delas, tento passar um pouco do que vivi. Espero que goste e volte sempre para ver as novidades.
Para conhecer meu trabalho como fotógrafo profissional, visite meu novo site www.adilsonmoralez.com.br

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Quando se pensa no local mais frio do Brasil, logo vem a mente a cidade de São Joaquim – SC, mas é sua vizinha, Urubici, que realmente detêm o recorde. Em 1996 no morro da igreja (1822 m) foi registrado a temperatura mais baixa no Brasil: -17,8 ºC.

Urubici, uma pequena cidade com cerca de 10.000 habitantes, também é conhecida como terra dos tesouros, pois seu relevo foi lentamente esculpido pelas “mãos” sábias da natureza. São 82 cachoeiras catalogadas, cânions de tirar o folego e rios de águas cristalinas. Além de tudo isso pode-se contar com toda a cortesia e simpatia do povo catarinense. A cidade também é conhecida pela riqueza de suas terras na produção de hortaliças além de deliciosas frutas como maça, pêssego, pera, etc…

Urubici – Confira O álbum De Fotos (mostrando 30 De 68 Imagens)

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Para conhecer a região, eu e minha esposa decidimos nos hospedar no refúgio de montanha Rio Canoas. O refúgio possui duas opções de estadia: a pousada com quartos individuais e banheiro privativo ou coletivo com um excelente café da manhã e jantar. A outra opção, mais econômica, é o albergue que possui um quarto com beliches e cozinha bem equipada para que os hóspedes preparem sua próprias refeições. Desta vez preferimos o conforto da pousada.

Os passeios são feitos com a Corvo Branco expedições – uma agência ligada ao refúgio com todos os recursos para se explorar a região e seus atrativos, que vão de trekking, off-road, mountain bike, rappel, cascade, duck e por aí vai.

Após passar 4 dias com muito calor em Floripa rumamos direto para as serras de Urubici. Saindo pela BR101 tomamos a BR282 sentido Lages entrando num entroncamento sentido São Joaquim e Urubici – são cerca de 170 km. A cidade é pequena e praticamente é divida em dois bairros interligados por uma grande avenida.

Demos uma volta e já rumamos para o refúgio que fica há 30 km por estrada de terra. A estrada é bem conservada e dá para ser feita por carro passeio sem problemas. Chegamos no refúgio já anoitecendo e fomos muito bem recebidos pelo Juan e sua esposa Gisele. Para nossa surpresa o jantar já estava pronto e foi servido em seguida.

Os pontos altos do refúgio são a culinária e as instalações. As refeições são cuidadosamente preparadas e servidas pela Juliana, que podemos dizer ser a “Chef” do refúgio.

Dia 1 – Cânion Espraiado

Na manhã seguinte para nossa surpresa o dia amanheceu com um céu azul lindo mas o termômetro marcava 4ºC em pleno mês de janeiro. A programação do dia seria conhecer o cânion do Espraiado. Para isso partimos com o Juan, que seria nosso guia em todos os passeios. Com nosso Defender fizemos a  primeira parte do passeio que consistia num off-road maravilhoso margeando inicialmente o rio Canoas com suas corredeiras até o morro da antena onde se pode avistar os campos dos padres e boa parte da serra.

Descemos um pouco, ainda de carro, e começamos o trekking pelas bordas do cânion do Espraiado. Apesar do dia estar muito limpo não foi possível avistar o mar, mas só a visão do cânion e ao longe a bela serra do corvo branco já valeu a caminhada.

Lanchamos no ponto com a melhor vista da serra e partimos de volta para o refúgio. No caminho de volta fomos até a serra do corvo branco, que fica há 5 km do refúgio. O corte na rocha feito por picaretas e dinamite é incrível. Depois a estrada despenca morro abaixo num zig-zag que assusta até os mais experientes. Descemos e subimos só para sentir a adrenalina.

Retornamos no final da tarde e a Juliana já nos esperava com um delicioso chá das 5 com direito a bolo, chá de maça com cravo e biscoitos. Tudo feito com produtos da região.

Dia 2 – Morro da Igreja e campos de Sta. Barbara

O dia já amanheceu um pouco nublado mas ainda prometia boas fotos. A programação do dia seria o Morro da Igreja e campos de Sta. Barbara.

A subida até o morro da igreja é por uma estrada asfaltada, muito bem conservada, pois ao lado do morro está localizado uma base da aeronáutica com dois radares que controlam o tráfego aéreo de Sta. Catarina. Como era esperado estava muito frio e ventava muito. Apesar do tempo um pouco fechado deu para ter boa uma idéia da beleza do local e boas fotos, incluindo a pedra furada.

No caminho de volta fomos conhecer a cachoeira véu de noiva e em seguinda entramos por uma estrada de terra que nos levaria até os campos de Sta Barbara, já em terras do P.N.de São Joaquim. Mais uma vez fizemos um belo off-road por estradas cheias de pedras com aclives/declives e sempre com um belo visual. Deixamos o carro ao lado de um mangueirão e começamos o trekking atravessando o rio pelotas. Um dos problemas do parque é que ele foi constituído sem que houvesse a desapropriação dos moradores. Então mesmo dentro do parque existem fazendas e gado que tentam conviver em harmonia com os visitantes.

Como havia muita cerração optamos por caminhar margeando o rio ao invés de subir até a crista do morro. O rio apresenta um visual muito bonito e pequenos cânions com paredes de pedra.

Retornamos ao refúgio ainda em tempo para o chá das 5. Após o delicioso jantar me deliciei vendo o album de fotos da região e já me preparando para o dia seguinte.

Dia 3 – serra do rio do rastro

O dia já amanheceu bem fechado e garoando. Nossas esperanças de ver a serra do rio do rastro estavam minando, mas decidimos sair mesmo assim. Uma viagem de carro até a cidade e antes de partirmos para a serra fomos conhecer a cachoeira do avencal.

O acesso está bem complicado e em alguns pontos é preciso escalar algumas pedras. Incrível conceber que todas aquelas pedras foram arrastadas pelas força das águas  multiplicada pelas fortes chuvas. Voltamos para a estrada e em poucos minutos chegamos a um paredão com inscrições rupestres. Infelizmente, não há muita informação sobre a sua origem.

Partimos então em direção a serra do rio do rastro, porém a neblina tomou conta de todo o mirante e não conseguimos enxergar além de 10 m. Porém, para não deixar o internauta só na imaginação do local, coloquei uma foto de outra viagem que fiz pela região em 2000.

Retornamos para o refúgio um pouco mais cedo e aproveitei o final de tarde para pedalar pelas margens do rio Canoas. Passei pelo mesmo local que há dois dias tínhamos passado de jipe e pude ver muito mais detalhes com a tranquilidade e silêncio que só a bike proporciona.

Após o jantar o Juan nos apresentou uma bela mostra de slides com suas imagens da Patagônia.

Dicas

  • Urubici é uma região incrível para a prática de várias atividades. Não deixe de levar mountain bike, botas e bastões de caminhadas. Para complementar a “Expediões Corvo Branco” fornece ainda Jipe, duck, cavalos, equipamentos para cascade/rappel, etc…
  • Mesmo no verão, leve agasalho, pois é muito comum frio durante a noite e no alto dos morros.
  • Para os apaixonados por lembrancinhas de viagem existe uma quiosque das “Artesãs da Serra” onde se pode comprar todos os quitutes servidos no café da manhã, tais   como, bolos, cucas, biscoitos, geléias, mel, etc.
  • Não deixe de pedir uma sessão de slides para o Juan. É um belo programa para as noites enquanto se toma um bom vinho.

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Serviço
Rio Canoas refúgio de montanha www.riocanoas.com.br
Pousada – Albergue – Turismo de Aventura
Reservas (49)278-5457 ou (49)278-4596 ramal 24
Caixa Postal 91 – CEP 88650-000 Urubici – SC
refugio@riocanoas.com.br

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