Sobre mim

 

O objetivo desse blog é ser um álbum virtual das minhas viagens desde 1997.  Em cada uma delas, tento passar um pouco do que vivi. Espero que goste e volte sempre para ver as novidades.
Para conhecer meu trabalho como fotógrafo profissional, visite meu novo site www.adilsonmoralez.com.br

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Parti do Brasil num romântico dia, 12/06/98, dias dos namorados. Apesar de criticado por alguns amigos, minha noiva entendeu que este era o único dia e horário da semana para Joanesburgo via Varig. Chegando em Joanesburgo me hospedei no Hotel Protea Gardens, pois por segurança, meu vôo para Nairobi só partia na manhã seguinte.

África – Expedição Ao Monte Kilimanjaro – Confira O álbum De Fotos (mostrando 30 De 51 Imagens)

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Na chegada em Nairobi, me dirigi a um quiosque, logo na saída do desembarque e fui muito bem atendido pela funcionária Sofia. Ela me indicou o Hotel Meridien para passar a noite e também fez minha reserva para o ônibus Davanu, que me levaria para Moshi. No dia seguinte às 8:00 da manhã um motorista contratado pela própria Davanu me pegou no hotel e levou-me até o local de saída do ônibus no centro da cidade. Levando-se em consideração as precárias condições do país, o Davanu é o melhor e mais confortável meio de transporte para Moshi, pois seu preço é elevado para o povo local, sendo então utilizado apenas por turistas.

O percurso é muito interessante, pois passa por muitos vilarejos e já pude ver como é dura a vida deste povo, numa condição muito humilde de sobrevivência. Após algum tempo no ônibus, comecei a conversar com as pessoas e trocar informações sobre os destinos e principalmente a origem de cada um. Neste bate-papo conheci Fred e Sandra, um simpático casal de São Francisco (EUA) e senti uma certa afinidade em nossos objetivos. Nós três, tínhamos o mesmo destino, o pico do Monte Kilimanjaro, porém, por vias diferentes. Como eles ainda não tinham nenhum hotel em mente, concordaram com meu plano de ficar no YMCA e contratar a agência Trans Kibo para nos levar até o pico.

Após cerca de 4 horas de viagem, o ônibus entra em Arusha, cidade base para os safáris. Um pequena pausa para descer alguns passageiros e mais 75 km até nosso destino. Em Moshi, nos hospedamos no YMCA, e com sorte pegamos as duas únicas suítes disponíveis. O hotel é muito simples, mas perto do que enfrentaríamos nos próximos dias, pode-se dizer que é um 5 estrelas.

Após um pequeno descanso fomos até a Trans Kibo, que fica dentro do hotel. Lá, fomos atendidos pelo Castro, que atenciosamente nos forneceu todas as informações necessárias sobre a expedição e os detalhes das trilhas. Eu já trazia boas referências sobre esta agência, e adicionado a impressão que ele nos passou, decidimos contratá-la para nossa expedição. Ficava ainda uma questão qual trilha faríamos? Eu tinha em mente fazer a via Marangu, e o casal a Machame, mas após uma boa análise, concordei com eles, por dois fatores principalmente: visuais mais bonitos e uma maior chance de sucesso.

Decidimos então fazê-la em 6 dias, tendo um dia adicional para aclimatação. No mesmo momento também fechamos um pacote de 8 dias de safari para mim e 7 para Sandra e Fred, para depois do Kilimanjaro. No pacote estavam inclusos: Parque Nacional do Serengeti, Lago Manyara, Cratera de Ngorongoro e Parque Nacional Tarangire. Como eu tinha uma dia a mais que eles, iria utilizá-lo visitando uma tribo Masai no vilarejo de Longido.

Com a decisão tomada já no final da tarde, decidimos que o dia seguinte seria utilizado para descanso, compra dos mantimentos e um pequeno tour pela cidade. Na mesma tarde, durante um lanche, fomos apresentados ao nosso guia chefe, Elias e começamos a discutir sobre a idade de cada um. Fiquei surpreso ao saber que Fred, apesar de aparentar pouco mais de 50 anos, tinha na realidade 63. Por motivos de preservação dos direitos humanos não direi a idade de Sandra.

Logo pela manhã do dia seguinte, Elias nos levou por toda a cidade mostrando e explicando cada detalhe. Compramos algumas frutas e a água para os primeiros dias da ascensão. Aproveitei a chance para fotografar a vida e o cotidiano das pessoas. Três fatos me chamaram atenção: o número de bicicletas inglesas, o costume do povo de usar roupas coloridas e o de carregar coisas como cestas e latas na cabeça.

Também fiz uma ligação para o Brasil e fiquei pasmo com o preço: US$ 8,60 por 2 minutos, pagos em dinheiro local apenas. Não é possível utilizar calling cards ou ligação a cobrar. Portanto, os entes queridos do Brasil tiveram que se contentar com os postais e escassos telefonemas dando sinal de vida.

Dia 1 – Média 15ºC – 1.900 a 3.000m – 6 horas
Portão do parque ao acampamento Machame

O dia amanheceu chovendo e eu já fiquei preocupado com a qualidade de minhas fotos. Estava ansioso por um dia claro de sol e a última coisa que imaginara era ter chuva nesta época. Arrumamos nosso material, separando o que seria utilizado durante a subida numa pequena mochila de ataque que nós mesmos carregaríamos. O restante, iria na mochila cargueira com os carregadores. Após tudo pronto, fomos de jipe por cerca de 1 hora até a entrada do Parque Nacional do Kilimanjaro. Lá, foi feito o registro das pessoas pelos seguranças do parque e sob uma chuva fina e 15o C, começamos nossa caminhada.

A trilha começa em meio a uma densa e úmida floresta, muito semelhante a mata atlântica. Havia muito barro que aliado ao aclive constante, dificultava ainda mais o avanço do grupo. No almoço foi servido um lanche de trilha, que apesar do aspecto não ser dos melhores tinha um sabor até que agradável. Durante o primeiro dia já foi possível notar como a vegetação se alterava com a altitude.

Ao final da tarde, chegando ao acampamento Machame, já quase não haviam árvores de grandes porte e a vegetação era mais baixa. Como seria rotina daqui em diante, ao chegar no acampamento, os carregadores já estavam nos esperando com as barracas armadas, a mesa posta (toalha no chão) e a garrafa térmica com água quente, além de café, chá, leite e chocolate a vontade.

Entrei na barraca, tirei o anorak molhado e coloquei algo seco e fiquei descansando por algum tempo até me aquecer. No início da noite foi servido o jantar. De entrada, uma deliciosa sopa, quentinha! Como prato principal macarrão com atum, carne, batata e repolho com cenoura. Para sobremesa, frutas e para encerrar, chá, café ou leite.

Após um longo dia de dura caminhada e uma noite fria, nada melhor do que dormir cedo. Após limpar meu equipamento fotográfico, fazer as anotações do dia e ler um trecho do livro “O alquimista”, emprestado da Sandra, fui para a cama, digo saco de dormir, por volta das 21h. Como eu estava tendo uma certa dificuldade para dormir nos dias anteriores, resolvi tomar Excedrin PM, cedido por Fred. O que deu bom resultado.

Dia 2 – Média 8ºC – 3.000 a 3.850m – 5 horas
Do acampamento Machame ao Shira

Como também se tornaria rotina nos demais dias, acordei às 7h, tomei o café da manhã, e partimos às 8:45h rumo ao próximo acampamento. Estava melhor para andar, pois a chuva deu um trégua e apenas havia nevoeiro estacionado sobre a montanha limitando a nossa visão e dando um certo clima de mistério na caminhada.

Praticamente já não havia mais grandes árvores e a vegetação mudava rapidamente a medida que novas altitudes iam sendo conquistadas. Um fato que me chamou bastante a atenção foi a total ausência de animais, quer seja macacos, aves e até mesmo insetos. Durante os dois primeiros dias o único animal visto foi um pequeno camundongo que se esgueirava entre as folhagens para roubar alguns farelos de pão.

Por volta de 13:30 h, chegamos em Shira. Como de costume, as barracas já estavam montadas e em pouco tempo chegou o café, pipoca, amendoim, etc. Este acampamento era bem mais selvagem que o anterior. No lugar da cabana para os guias, havia apenas uma reentrância na rocha, que além de cozinha, também serviria como quarto para a noite. Passei o final da tarde jogando dominó com Sandra, 10 partidas, das quais perdi todas L . Também aproveitei a tarde com as poucas aparições do sol para fazer fotos de flores.

Apesar do frio e vento, fiquei conversando com o ingleses, que se encontravam próximo de nosso acampamento. Jeff, que é médico em Londres, se interessou muito por internet e passei um bom tempo explicando como construir e disponibilizar uma home-page. Após o jantar, fui dormir cedo com esperança de no dia seguinte ter uma alvorada com sol.

Dia 3 – Média 8ºC – 3.850 a 3.940m – 6 horas
Do acampamento Shira ao Barranco

As minhas preces de fotógrafo foram ouvidas, e amanheceu um belo dia de sol. Logo pela manhã, pude ver a montanha completamente limpa da névoa, que até então nos acompanhara. Como programado, este dia seria utilizado para aclimatação. Apesar de muito sobe e desce, no final do dia estaríamos praticamente na mesma altitude. Mesmo não havendo um aclive constante, este dia foi muito cansativo, pois já sentia muito os efeitos da altitude.

As trilhas pareciam nunca ter fim e cada passo parecia em nada reduzir a distância até o horizonte. A vegetação havia dado lugar a uma paisagem lunar com apenas rochas e liquens. Eventualmente algumas plantas de pequeno porte podiam ser vistas. Apenas chegando a Barranco é que surgiram as Cinécias, enormes plantas com o caule seco, tendo apenas seu topo verde. Juntamente com estas plantas surgiu uma névoa que limitava a visão, criando assim um clima surrealista.

Cheguei ao acampamento completamente exausto. Entrei na barraca e fiquei recuperando as energias por cerca de 30 minutos. Só, então tive coragem de sair e comer algo. Nesta tarde tivemos que tomar a decisão de qual caminho seria tomado no dia seguinte. Um deles era via Barafu, mais suave, porém a caminhada muito mais longa. O outro, via o glaciar Arrow, mais íngreme, porém mais rápido. Após muitas opiniões, decidimos pelo Arrow.

O anoitecer estava tão frio que decidimos ter o jantar dentro de minha barraca. Apesar do pequeno desconforto conseguimos acomodar três pessoas mais a toalha com todos os apetrechos. Nesta noite fui dormir apreensivo com o que nos esperaria no dia seguinte.

Dia 4 – De 8ºC a 0ºC – 3.940m a 4.850m – 5 horas
Do acampamento Barranco ao Arrow

De acordo com o planejado acordamos as 7 h, tomamos café e partimos rumo ao acampamento Arrow as 9:15h. Foi uma dura caminhada, com um aclive acentuado e mesmo nos poucos terrenos planos sentia uma leve dor de cabeça e grande dificuldade para respirar. O dia estava ótimo para fotos, limpo, sem nuvens e com um céu azul anil, enfatizado pelos efeitos da altitude. Apesar da tentação, não usei meu filtro polarizador (que enfatiza as cores), pois nesta altitude seu efeito é tão forte que o céu fica praticamente negro. Uma surpreendente paisagem que se podia contemplar deste ponto era o pico do Monte Meru, destacando-se sobre as nuvens.

Paramos para lanchar no mesmo local do dia anterior, porém eu mal podia sentir fome devido ao cansaço. Já próximo do final da caminhada, era notório o desgaste físico do grupo e a cada poucos passos, uma pausa para descanso se fazia necessário. Deste ponto em diante não haveria nenhum tipo de vegetação, o que obrigava os carregadores levarem lenha, além de toda a carga.

Por volta de 14 horas, chegamos finalmente ao acampamento Arrow. Mais uma vez me deitei na barraca e fiquei praticamente imóvel por algum tempo, até recobrar as energias. Uma vez refeito, comecei a explorar melhor o local e a fotografar o caminho que seria percorrido na madrugada do dia seguinte. Apesar de ainda estarmos pisando sobre terra, já se podia ver os glaciares bem próximos. E dele é que passaríamos a extrair a água para beber e cozinhar, quebrando e derretendo blocos de gelo.

No final da tarde, recebemos os detalhes de como seria o dia seguinte. Acordaríamos meia-noite, tomaríamos chá com biscoitos e partiríamos a 1 hora da manhã. Este procedimento tem como objetivo chegar ao pico por volta do nascer do sol, que além da beleza, evita que o mesmo esteja coberto pela névoa, muito comum algumas horas mais tarde. Como o dia seguinte começaria bem cedo e prometia ser o pior de todos, fui dormir bem cedo.

Dia 5 (Pico) – De 0ºC a -15ºC até 15ºC – 4.850m – 5.895m até 3100m – 15 horas
Do acampamento Arrow ao Pico Uhuru e até o acampamento Mweka

Acordei meia-noite, dentro da barraca estava 0ºC, lá fora -5ºC. Como meu saco de dormir era para 5ºC, já estava usando boa parte da roupa que iria utilizar na ascensão. Quando já estava devidamente agasalhado, saí da barraca e ainda tive ânimo para uma foto registrando-me nos trajes quase polares. Deste ponto em diante apenas os dois guias nos acompanhariam até o pico. Os carregadores esperariam o dia amanhecer e partiriam com a carga direto para o acampamento Mweka. Neste ponto, caso houvesse algum desistente ou incidente, é que o segundo guia entraria em ação, retornando com esta pessoa.

Obs: O quinto dia começa a meia noite, pois deve-se chegar ao pico ainda nas primeiras horas da manhã, pois após este horário é comum o mesmo estar encoberto, perdendo-se então a recompensa de todo o sacrifício.

Foi uma longa e dura jornada tentando localizar o melhor caminho em meio a escuridão. Eu era o único que utilizava uma lanterna de cabeça, os demais além de manter o equilíbrio sobre as pedras soltas, tinham que manipular os bastões de caminhada e a lanterna. O guia estava levando uma lanterna muito simples e com pilhas comuns (não alcalinas), que se acabaram em poucas horas, me obrigando a iluminar o caminho de ambos.

Durante a subida houve um pequeno deslizamento de pedras e uma delas atingiu a boca de Fred. Além do susto, ele teve apenas um pequeno corte no lábio. Durante o início da jornada eu podia ouvir alguns sussurros de Sandra, lamentando-se da extenuante subida. Após algum tempo, eu também estava na mesma situação. Como já havia dito a mim mesmo, alguns dias atrás, em situações difíceis, tornei a repetir a seguinte frase. “Que diabos estou fazendo neste frio e nesta escuridão tentando subir esta montanha”.

Por volta de 7 horas, o sol já mostrava seus raios quando chegamos a um patamar, já bem próximo do glaciar Arrow. Enquanto descansava, olhei para baixo e vi uma cena inesquecível – a sombra do Kilimanjaro se projetando sobre as nuvens formando um triângulo, cujo vértice se aproximava do Monte Meru . Estas mesmas nuvens, cercavam o Kilimanjaro numa magnífica formação que lembrava o rebento das ondas numa praia. Deste ponto em diante o caminho seria por gelo, e apesar de estarmos equipados com Crampons, não foi necessário utilizá-lo, pois já havia alguns degraus escavados no próprio gelo.

Após algum tempo chegávamos finalmente no glaciar Arrow e de lá já se podia ver a grandiosidade da montanha. Aliás, este foi um fato surpreendente para mim, pois não fazia a menor idéia que o Kilimanjaro fosse tão grande. Estávamos num enorme platô de gelo e eu me sentia muito emocionado, pois era meu primeiro contato com alta montanha e gelo.

Comemoramos o estágio vencido fazendo algumas fotos e então começamos a caminhada em direção ao pico Uhuru. Um fato curioso sobre as fotos que fiz neste ponto é que eu estava emocionado, cansado e com tanto frio nas mãos que não conseguia manipular os botões da câmara. Resultado: fotos sub-expostas. Somente mais tarde, quando me recuperei do cansaço e do frio é que tive coragem de tirar as luvas e ajustar corretamente a câmara.

O trecho que teríamos que percorrer até o pico não ultrapassava 500m, porém apresentava um aclive muito acentuado, para vencê-lo, levamos cerca de 1:30h. Era realmente incrível como todos nós sentíamos os efeitos da altitude, exigindo muito mais paradas para descanso. Sandra, embora tivesse tomado Diamox, sofreu com efeitos da altitude e teve ânsia de vômito durante este percurso. Com muito sacrifício, chegamos no último platô e após uma pequena caminhada em terreno plano, finalmente atingimos o TOPO DA ÁFRICA – Pico Uhuru – 5.895 msnm.

Era 9:00 h, o tempo estava ótimo, céu azul, não havia nuvens, o vento era suportável e digamos que estava tão emocionado, que não me importei tanto com a temperatura de -15ºC. Com toda a disposição do mundo comecei a minha bateria de fotos. E a principal foi com a bandeira do Brasil, afinal ainda estava em clima de copa do mundo.

Somente após algum tempo fotografando, é que notei que meus companheiros estavam “meio que congelando”, enquanto me esperavam. Notei então que já era hora de começar a longa descida através da via Mweka até o acampamento de mesmo nome, onde passaríamos a noite. Quando achava que o pior já havia passado, me deparei com outro problema: descer um longo trecho sobre gelo num terreno bastante inclinado, onde um escorregão poderia trazer sérias conseqüências.

Para ajudar, comecei a sentir meu joelho direito, que sempre se queixa em longos declives sob baixa temperatura. Quando o gelo acabou, entramos num terreno arenoso e cheio de pedras, onde eu mais deslizava do que andava. No caminho de volta, cruzamos com o grupo de ingleses subindo. Eles estavam defasados, pois haviam feito a aclimatação subindo o Mawenzi.

Após cerca de 15 horas de caminhada e completamente exaustos, chegamos ao acampamento Mweka. Eu estava com muita dor no joelho e somente consegui chegar graças aos bastões de caminhada, que foram indispensáveis. Pela última vez a rotina se repetiu e fui dormir muito cedo.

Dia 6 – Média 15ºC – 3.100 a 1.800m – 3 horas
Do acampamento Mweka ao portão do parque

Após aproximadamente 11 horas de um sono profundo, acordei para um novo dia. Antes mesmo de sair do saco de dormir já podia sentir os efeitos da longa caminhada do dia anterior. Todos aqueles músculos que passam desapercebidos no dia a dia, estavam sendo lembrados naquela manhã. Com uma certa dificuldade para andar e ainda sentindo muito o joelho me dirigi para o local do café da manhã. Após o café fiz algumas fotos com os carregadores e partimos em direção ao portão do parque. Apesar da caminhada ser de apenas 3 horas, parecia uma eternidade. A vontade de chegar aliada a dor no joelho me fazia buscar o final da trilha a cada curva.

Chegamos ao portão, por volta do meio-dia, onde já éramos esperados por um veículo que nos conduziria de volta ao YMCA. Assinamos os livros de registros do parque e para minha surpresa, recebemos um certificado que comprovava nosso sucesso. Como reconhecimento aos bons serviços prestados pelos guias e carregadores, é costume dar uma gratificação aos mesmos.

Embora o valor pago para o pacote não seja tão barato, a maior parte deste dinheiro vai para o governo e administração do parque. De comum acordo, demos US$ 30 para cada carregador, US$60 para o segundo guia e US$ 90 para Elias. Eu ainda acrescentei US$20 para Elias, pois ele havia carregado minha mochila cargueira, deixando-me apenas com o equipamento fotográfico. Acho que eles ficaram muito felizes com a gratificação.

No caminho de volta ao hotel fiz várias fotos dos pedestres que sempre carregavam algo na cabeça e se destacavam pelas vestes coloridas. Ao chegar no hotel a primeira coisa a fazer foi tomar um longo e quente banho. Aliás, foram necessários vários banhos até que me sentisse completamente limpo. Para fechar com chave de ouro nosso aventura, fomos até o bar do hotel e brindamos a conquista tomando uma cerveja KILIMANJARO.

 

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