Sobre mim

 

O objetivo desse blog é ser um álbum virtual das minhas viagens desde 1997.  Em cada uma delas, tento passar um pouco do que vivi. Espero que goste e volte sempre para ver as novidades.
Para conhecer meu trabalho como fotógrafo profissional, visite meu novo site www.adilsonmoralez.com.br

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O Circuito Vale Europeu, localizado em Santa Catarina, foi o primeiro roteiro criado especialmente para ser percorrido de bicicleta. Passando por nove municípios, busca o que há de melhor na região propiciando um visual belíssimo através de estradas de terra e com menor movimento de veículos.

Começando em Timbó, o Circuito Vale Europeu possui cerca de 300 km e passa pelos seguintes munícipios: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio, terminando em Timbó.

A recomendação do guia do circuito é fazê-lo em 7 dias onde é possível distribuir bem a quilometragem e curtir a paisagem com tempo suficiente para banhos nos diversos rios e cachoeiras, prosear com os simpáticos moradores, além de degustar vinhos e quitutes da região.

Circuito Vale Europeu – Confira O álbum De Fotos (mostrando 30 De 210 Imagens)

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Apesar do roteiro ser dedicado as bikes, também é possível percorrer parte dele caminhando e maiores detalhes podem ser encontrados no link do Circuito Vale Europeu.
Apesar do circuito ser demarcado é fundamental ter a planilha ou preferencialmente o tracklog de GPS. Ambos podem ser encontrados no site acima.
Em cada município há hotéis ou pousadas já credenciados e aptos a receber os ciclistas ou caminhantes.

O ponto de partida é o restaurante Thapyoka, ao lado da ponte suspensa em Timbó. Lá também é adquirido o guia e passaporte do ciclista que poderá ser carimbado em todos os pontos de apoio comprovando a conclusão do circuito.

O Circuito Vale Europeu pode ser dividido em duas partes, a baixa e urbana que é percorrida nos primeiros dias (até Rodeio) onde predominam estradas largas com relevo mais plano e passando sempre por pequenas cidades. Neste trecho não é necessário se preocupar tanto com água ou alimentação, pois são facilmente encontradas nas diversas paradas. Já a parte alta, que começa com uma longa subida depois de Rodeio deve ser feita por quem já tem um bom preparo físico e estar preparado para longos trechos sem água e alimentação. Nos 2 dias finais o relevo volta a ficar mais plano, com longas descidas e novamente percorre por áreas mais habitadas.

Meu roteiro

Apesar de o ideal ser fazê-lo como cicloturista, ou seja, levando a bagagem em alforjes, eu decidi fazê-lo com um apoio logístico de carro para transportar a bagagem de uma cidade para outra e desta forma pedalar bem mais leve. Para me acompanhar nesta aventura convidei meu grande amigo e parceiro de outras aventuras, Zé Fevereiro, que topou de imediato.
Um dos motivos para não levar alforjes é que tínhamos pouco tempo – apenas 6 dias e considerando 2 dias de viagem de carro desde Sampa, nos restariam apenas 4 dias para o circuito. Porém, após uma conversa com o Dimas do restaurante Thapyoka a sugestão foi de fazer em 4,5 dias.
Partíamos cedo de cada cidade e durante o dia um carro apanhava nossa bagagem e já deixava no próximo hotel. Desta forma pudemos praticamente dobrar a quilometragem recomendada e pedalar de uma forma mais livre. Considerei essa opção, pois além do tempo curto estava usando uma bike full suspension (com suspensão traseira) onde não é possível usar alforges na traseira.

1º Dia – Timbó – Rio dos Cedros – Pomerode – Indaial – 95 km

Como seria de costume nos próximos dias acordamos cedo, tomamos um bom café e às 8h já estávamos pedalando. Já partimos pedalando do Timbó Park Hotel e no início tivemos uma pequena dificuldade em achar o começo do circuito, mas em 15 min já estávamos no caminho certo e curtindo um belo dia de sol.
A paisagem do primeiro dia é marcada por estradas largas sempre cortando pequenos municípios ou bairros com muitas residências. Um ponto que chama a atenção é o capricho das casas e dos jardins. Realmente faz jus o nome de circuito Vale Europeu.
Decidimos almoçar em Pomerode e após um descanso no gramado encaramos o trecho final sob um sol escaldante que batia os 35º C. Apesar do dia ser bem longo o relevo ajudou e chegamos a Indaial por volta das 18h.
Nossa opção de hotel foi o Fink que apesar de simples oferece o mínimo de conforto para quem pedalou o dia todo.

2º Dia – Indaial – Ascurra – Rodeio – Pousada do Zinco – 70 km

O café hoje deixou a desejar e já no caminho tivemos que comer algo para encarar o longo pedal. Este trecho também é bastante plano e por boa parte pedala-se ao lado do rio Itajaí-Açú. Encerramos a parte da manhã em Rodeio e fizemos um leve, porém longo e tranquilo almoço.
Rodeio marca o final do trecho predominantemente plano e habitado. Daqui pra frente começa o relevo mais complicado onde a primeira subida será de 8 km. Quem desejar fazer apenas a parte baixa pode ir direto para Timbó – 18 km por asfalto.
Bem, barriga e camelback cheios vamos começar a subir. Passamos pela vinícola San Michele e logo em seguida cometemos um erro de percurso que teve uma consequência excelente. Erramos o caminho e fomos parar em um clube vazio com uma cachoeira e local pra banho belíssimo. Bem, devidamente refrescados voltamos alguns quilômetros e começamos a longa subida revigorados.
Nosso próximo destino seria a Pousada do Zinco, que apesar de ser um opcional do circuito tem que ser visitada. A cachoeira, de mesmo nome, é maravilhosa e o tratamento dos proprietários Egon e Margarete é excepcional.
Chegamos na     pousada às 15h e após um suco e um rápido descanso o Egon nos levou para conhecer todos os ângulos da cachoeira onde fizemos belas fotos.
O final de tarde foi aproveitado batendo um bom papo no gramado do jardim tomando uma merecida cerveja. O jantar, excelente por sinal, é feito com a família e com muito papo.
A grande surpresa da noite foi num passeio noturno onde o Egon nos levou para um banco de madeira próximo da casa onde pudemos apreciar um espetáculo da natureza. Trata-se de …… Bem, quem quiser saber terá que ir lá pra ver. 🙂

3º Dia – Pousada do Zinco – Dr. Pedrinho – Alto Cedros – 80 km

Partimos do Zinco às 9h e o tempo havia mudado completamente. Nos primeiros quilômetros pegamos uma chuva fina e a temperatura estava bem mais amena.
Este trecho é um dos menos habitados e é recomendável se preparar com água e alimento. Passamos pela única igreja enxaimel do Brasil onde a parada para as fotos é obrigatória.
Outro ponto que não pode ser perdido é a cachoeira Véu de Noiva, que pode ser visitada através de uma trilha de 20 min, saindo do circuito.
Neste dia, também devido a distração, cometemos o segundo erro de percurso que nos custou numa longa subida por asfalto para reencontrar o circuito novamente.
Apesar de cansativo, o dia valeu a pena, pois o destino seria o Hotel LindnerHof. Este hotel nasceu de uma serraria da família. Onde o mestre cervejeiro Horst Lindner fez um excelente trabalho transformando a velha serraria do pai num maravilhoso hotel. No centro do saguão existe uma serra e o maquinário utilizado para cortar as toras no passado. Situado ao lado do rio dos Cedros o hotel agrada pela tranquilidade e o contato com a natureza.

4º Dia – 22/12/11– Alto Cedros – Palmeiras – 56 km

Conforme indicado no guia, o trajeto de hoje é um dos mais belos do circuito. O dia começa contornando duas represas com um belíssimo visual. No início encontra-se várias casas ao redor das represas, mas com o passar do tempo as estrada se afasta da água e inicia-se um trecho bastante isolado. Pedalamos várias horas sem cruzar com ninguém ou passar por alguma casa. Planeje-se com água e alimento.
Hoje aconteceu o nosso terceiro erro de percurso, o que nos custou 8 km a mais. Pior é que 4 foram de uma dura subida. Mais uma vez por desatenção, brincando com a câmera Gopro, não olhamos pro GPS e pegamos a bifurcação errada. Então, atenção: veja a paisagem, mas cheque o GPS frequentemente ?
No final do percurso existe outra represa e a hospedagem do Faustino fica em suas margens. A acomodação é bem simples e fica sobre um mercadinho que abastece toda a região.
A decisão de quebrar o último trecho em dois foi providencial, pois seria péssimo passar por todas as belezas que vimos com pressa e não poder parar para fotografar.
Chegamos às 15:30h e ainda sobrou tempo para explorar os arredores e tomar a merecida cerveja para amenizar o calor.

5º Dia – Palmeiras – Timbó – 55 km

Bem, o último dia procura compensar todas as subidas dos dias anteriores com longas descidas. O trajeto ainda é muito bonito e com belos riachos e uma ponte coberta que vale a parada para foto.
Para não dizer que tudo é alegria existe uma subida curta, porém muito íngreme. No final dela vale parar para um banho no riacho ao lado. Depois é só descer até Benedito Novo e logo já estará de volta onde tudo começou.
Existe uma longa descida de mais de 10 min sem pedalar. Vale a pena tomar cuidado com o fluxo de veículo, pois há muitas curvas fechadas. Também na parte final ressurgem as áreas urbanas e o fluxo de pessoas.
Chegamos em Timbó às 13h, com tempo para um bom banho, almoço e ainda dirigir 450 km até Registro. Tudo para conseguir chegar a tempo de passar o Natal com a família.
O Circuito Vale Europeu estava em meus planos há vários anos e finalmente conseguimos cumpri-lo na sua totalidade e num ritmo bem equilibrado onde conseguimos conciliar o pedal com diversão.

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Confira o audiovisual dessa viagem

Dicas

•    O Circuito Vale Europeu deve ser feito com tempo para se apreciar tudo o que ele oferece. A sugestão do guia de 7 dias é bastante tempo e dependendo do ritmo do grupo pode ter alguns dias dobrados.
•    O tipo de terreno na região consiste em terra bem firme (pelo menos sem chuva) e com pedrisco solto por cima. Apesar de ser fácil e confortável para pedalar torna-se um perigo se precisar frear ou desviar bruscamente.
•    Devido ao relevo bem acidentado, uma mountain bike é o ideal para fazer o circuito.
•    Esteja equipado com câmeras extras, ferramentas, bomba, etc. Pois só há lojas melhores em Timbó e Indaial.
•    Ao planejar sua viagem defina seu roteiro e faça as reservas com antecedência, pois dependendo da época pode não haver lugar. A Pousada do Zinco só atende com reservas, pois não ficam na pousada se não houver hóspedes.
•    Apesar de existirem placas e setas pelo percurso é fundamental ter a planilha ou preferencialmente o tracklog no GPS. Ambos são encontrados no site do circuito. Mas vale a recomendação de ficar atento nele para não pegar o caminho errado. 🙂

Serviços

Circuito Vale Europeu
Restaurante Thapyoka – Timbó
Timbó Park Hotel – Timbó
Hotel Fink – Indaial
Pousada do Zinco – Benedito Novo
Hotel LindnerHof – Alto Cedros
Pousada Faustino – Palmeiras

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